Abstract

O presente artigo tem como objetivo entender o papel do Diretor de Fotografia dentro de uma produção cinematográfica de caráter ficcional. Tendo como fundamento analítico os teóricos dos sistemas Edgar Morin e Jorge Vieira, o texto nos conduz a uma reflexão sobre o processo de co-autoria, fugindo das simplificações e trazendo a complexidade à poética do cinema. O artigo ainda aborda os aspectos antogônicos e contraditórios de duas metodologias de produção: a) de um lado o burocratizado modelo hollywoodiano fordista-taylorista adotado como parâmetro organizacional em produções cinematográficas no começo do século XX pelo cinema de indústria; b) de outro o modelo elitizado e romântico do “cinema de autor” cuja matriz relega apenas ao cineasta a assinatura de um filme; para depois complexificá-los por meio de parâmetros sistêmicos de análise. O artigo termina expondo o caminho evolutivo encontrado no processo de criação vinculado ao Diretor de Fotografia e qual seu papel na consolidação da poética cinemática de um diretor de cinema, e ainda aborda o caráter poli-funcional das produções atuais em que este profissional também assume ou acumula outras funções na confecção de um filme em plataforma digital.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call