Abstract

Neste texto, buscamos analisar como o gênero crônica histórica passa a funcionar como crônica brasileira, a partir do século XIX. Para isso, observamos a cadeia de sentidos que se constrói com o gênero ao longo de seu percurso discursivo, enfocando principalmente a trama discursiva dos discursos da História, do Jornalismo e da Literatura. A perspectiva teórica que embasa esta reflexão parte, principalmente, das leituras de Bakhtin (2003), Grillo (2006) e Machado (2005) sobre gêneros discursivos, e de Alencar (2003), Braga (2011), Coutinho (2003), Candido (1992) Meyer (1992), Santos (2005), entre outros, sobre o gênero crônica e seu funcionamento.

Highlights

  • Resumo: Neste texto, buscamos analisar como o gênero crônica histórica passa a funcionar como crônica brasileira, a partir do século XIX

  • Esta classificação será realizada a partir da observação dos enunciados recortados de pesquisadores que trabalham no estudo da crônica e de cronistas, que em suas produções buscavam definir o gênero

  • O filho poupado da morte é Zeus, que, tempos depois, oferece uma droga ao pai e o faz vomitar todos os filhos devorados, os quais, unidos, derrotam o pai após uma sangrenta guerra (BENDER; LAURITO, 1993)

Read more

Summary

INTRODUÇÃO

Buscamos analisar como se dá a trama discursiva entre as diferentes esferas/campos ligadas à História, ao Jornalismo e à Literatura que, articuladas ou engendradas, permitem a realização do gênero “crônica brasileira”. Com este gesto de leitura buscamos delimitar nosso campo de olhar a partir da observação do percurso semântico da crônica, dando ênfase ao funcionamento do gênero crônica brasileira, que se realiza a partir do século XIX. Neste período ocorrem mudanças profundas no campo político, econômico, social e cultural no Brasil, o que, em nosso entendimento, está refletido no gênero crônica brasileira. Para a análise do gênero discursivo, Bakhtin (2003) sugere conhecer a história do gênero, procedimento que realizaremos nas seções intituladas: Crônica histórica e Crônica brasileira; Bakhtin também propõe classificar o gênero como primário, quando constituído por determinados tipos de diálogos orais, ou como gênero secundário, quando formado por textos literários, publicísticos, científicos, etc.; este procedimento será realizado na seção: A crônica – suas condições de produção e circulação. Esta classificação será realizada a partir da observação dos enunciados recortados de pesquisadores que trabalham no estudo da crônica e de cronistas, que em suas produções buscavam definir o gênero

CRÔNICA HISTÓRICA
CRÔNICA BRASILEIRA
A CRÔNICA – SUAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E SIGNIFICAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call