Abstract

RESUMO O objetivo deste trabalho é analisar implicações subjetivas decorrentes do processo de patologização da educação. Para tanto, foram realizadas entrevistas com duas crianças com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, seus pais e professores, observação em sala de aula, avaliação fonoaudiológica individual e pesquisa documental. Os resultados do estudo apontam que os discursos que se instauram em torno do aluno considerado resistente ao que a escola propõe terminam por comprometer a formação da sua subjetividade, uma vez que ele passa a assimilar parte das percepções de seu grupo de convivência. Assumindo os postulados de Bakhtin, de que a autoimagem se constrói em meio ao olhar do outro, conclui-se que a criança pode apresentar sinais de desatenção e hiperatividade (e sintomas de sofrimento) a depender da qualidade das interações sociais em que está inserida.

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