Abstract

Por meio da consulta de materiais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e de acordo com a glotopolítica e a sociolinguística crítica, este artigo analisa o papel do português como elemento de coesão nacional e internacionalização através de dois grandes eventos político-linguísticos: a Comissão Nacional dos Centenários (1938-1943) e a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002). Contrariamente a outros Estados, em que distintas nações e línguas estão sob um mesmo sistema jurídico-político, onde a opressão das minorias foi mais acentuada em períodos ditatoriais e menor na atualidade, defendemos que o caso português é a contrario. No marco da globalização e da democratização, o valor do português poderá mobilizar um tipo de identidade renacionalizadora, mediante processos de racialização da população colonizada e de desligação simbólica com as comunidades emigradas.

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