Abstract

O paisagismo brasileiro tem características marcantes, tributárias do trabalho pioneiro de Roberto Burle Marx, arquiteto de formação. Outros arquitetos modernistas também foram encarregados do projeto de espaços livres e este artigo questiona como a praça modernista foi projetada por eles. Recorrendo a um duplo estudo de caso no interior do país e considerando o panorama da arquitetura então vigente e o processo de circulação de ideias, são analisadas as praças Napoleão Moreira da Silva (1957-1962), projetada por José Augusto Bellucci, e Santos Dumont (1970), projetada por Ícaro de Castro Mello, em dois momentos distintos da história da arquitetura brasileira. Com base em documentos originais e registros fotográficos históricos, a análise formal desenvolvida considera a conformação e a composição de canteiros, passeios, vegetação e mobiliário. Como resultado, este trabalho aponta que os arquitetos adaptaram estratégias projetuais e repertório formal da arquitetura para o projeto de praças e que, através do compartilhamento de conhecimento técnico e afinidades estéticas, paisagismo e arquitetura consolidaram formas comuns e ideias afins.Palavras-chave: projeto arquitetônico, arquitetura brasileira, circulação de ideias, metodologia de projeto, arquitetura moderna.

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