Abstract

Este artigo analisa a configuração do mercado das plantas rituais/medicinais (folhas) usadas no candomblé de Salvador-BA, considerando a circulação dessas mercadorias produzidas e comercializadas por extrativistas e horticultores que as levam, regularmente, à Feira de São Joaquim, polo distribuidor para outros circuitos do comércio retalhista (feiras, mercados, lojas e bancas de rua). O Mercado da Pedra, uma transação mercantil de grandes quantidades que transcorre na madrugada, foi a base empírica da pesquisa etnográfica que possibilitou a compreensão das estruturas e dos agentes sociais envolvidos na produção, circulação e consumo das folhas que podem resultar de extrativismo ou de horticultura, provindo de hortas e quintais e de manchas florestais remanescentes no entorno de Salvador e interior da Bahia. A singularidade desse mercado revela-se, dentre outros fatores, pela justaposição das esferas da circulação (simples e desenvolvida, segundo Marx) que, de forma dinâmica, articulam um mercado tradicional (africano) ao mercado capitalista contemporâneo.

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