Abstract
A apropriação social da cartografia, por meio da democratização do acesso à informação, aos mapas e processos tecnológicos, tem contribuído para as lutas sociais, das quais a cartografia social é um exemplo. Pautada no envolvimento direto dos sujeitos sociais, potencializa a autoafirmação dos sujeitos bem como sua visibilidade, mobilização e reivindicação dos direitos territoriais. Nesta, os sujeitos sociais, organizados em coletivos, tais como comunidades tradicionais ou associações de bairro, decidem o quê e como representar-se, por meio do diálogo e da troca de experiências entre o conhecimento local e o técnico. Com o intuito de contribuir com a reflexão sobre a cartografia social em ambientes urbanos, neste artigo apresenta-se a experiência realizada com moradores do bairro Vila Carli, vítimas das inundações do rio Cascavel, no ano de 2014, na cidade de Guarapuava, estado do Paraná. A abordagem metodológica é qualitativa, buscando descrever e registrar o processo que culminou com a produção de um fascículo sobre o bairro, problematizando os desastres naturais, suas consequências e as demandas dos moradores. Os resultados apontaram para a importância da cartografia social como um processo organizativo, de visibilidade e mobilização social, na medida em que envolve efetivamente os sujeitos sociais suscetíveis à vulnerabilidade ambiental na discussão da/na cidade.
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