Abstract

Neste artigo, discuto aspectos da controvérsia científica em torno do plantio do eucalipto no Brasil, buscando compreender as disputas políticas e os projetos socioambientais mobilizados pelos diferentes contendores. Inspirada nas reflexões de Bruno Latour sobre o fazer científico, busco reconstruir o caminho percorrido pelo naturalista Augusto Ruschi na elaboração de noções e métodos de reflorestamento, os quais ganharam instrumentalização política diferenciada no estado do Espírito Santo, nas décadas de 1940-1950 e 1960-1970: no primeiro momento, seus argumentos se aproximaram da “silvicultura racional”; no segundo, adotou um forte discurso contra a eucaliptocultura. Defendo que, mais do que a rejeição ao eucalipto em si mesmo, Ruschi posicionou-se contra um projeto socioeconômico específico: o do Grupo Aracruz Celulose S. A.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call