Abstract

O artigo objetiva problematizar sobre as formas e modos de socialização e agenciamento construídos pelas mulheres e outros atores no cenário da prostituição, assim como em perceber e enunciar os saberes e aprendizados que surgem nesta prática social, ou seja, na “batalha” da vida. A pesquisa teve uma perspectiva etnográfica, contou com a participação de 10 interlocutoras formais, com idades entre 30 e 65 anos e se encontravam na batalha pela vida – expressão por elas utilizada para se referir ao trabalho como prostitutas nas ruas – desde a adolescência. O referencial teórico está ancorado no campo de estudos autobiográficos em educação e numa perspectiva interdisciplinar de análise, conjugando orientações dos campos da Psicologia (ao tratar dos contextos familiares e construção de subjetividades) e da Antropologia (ao considerar a socialização um eixo importante para composição de uma etnografia das interações). Os resultados apontaram uma categoria que parece explicar em profundidade a experiência de ganhar/fazer a vida na rua, a batalha, portanto é uma expressão que aponta o modo de fazer e construir a vida na rua e na prostituição. A expressão “tô na batalha, tô na vida”, assim como a leitura dos significados e sentidos atribuídos a esta expressão pelas mulheres, aponta nesta pesquisa uma categoria que exprime o trabalho exercido pelas mulheres prostitutas na rua, no Centro de Salvador/BA.

Highlights

  • In the battle for life since adolescence - an expression they used to refer to working as prostitutes on the streets

  • The results pointed to a category that seems to explain in-depth the experience of winning/making life on the street, the battle, so it is an expression that points out the way of doing and building a life on the street and in prostitution

  • The expression "I am in the battle, I am in the life," as well as the reading of the meanings and meanings attributed to this expression by the women points in this research a category that expresses the work done by the women prostitutes in the street, in the Center of Salvador, Bahia

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Summary

A BATALHA

Fernanda Priscila Alves Silva[1] Lívia Alessandra Fialho da Costa[2] Resumo: O artigo objetiva problematizar sobre as formas e modos de socialização e agenciamento construídos pelas mulheres e outros atores no cenário da prostituição, assim como perceber e enunciar os saberes e aprendizados que surgem nesta prática social, ou seja, na “batalha” da vida. A pesquisa teve uma perspectiva etnográfica, contou com a participação de 10 interlocutoras formais, com idades entre 30 e 65 anos, que se encontravam na batalha pela vida – expressão por elas utilizada para se referir ao trabalho como prostitutas nas ruas – desde a adolescência. A expressão “tô na batalha, tô na vida”, assim como a leitura dos significados e sentidos atribuídos a esta expressão pelas mulheres, aponta, nesta pesquisa, uma categoria que exprime o trabalho exercido pelas mulheres prostitutas na rua, no Centro de Salvador (BA). THE BATTLE: CONTRIBUTION OF KNOWLEDGE OF WOMEN EXERCISING PROSTITUTION IN SALVADOR, BAHIA

INTRODUÇÃO
PERCURSO METODOLÓGICO
34 Branca 8a série
TRABALHO SEXUAL E A BATALHA
SABERES CONSTRUÍDOS NA BATALHA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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