Abstract
O presente artigo discute a proteção à arquitetura moderna pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em perspectiva histórica, procurando problematizar a compreensão de modernidade e as atribuições de valor à arquitetura do século XX. Trataremos neste artigo das ações que o órgão estadual paulista fará aos bens imóveis modernos discutindo sua relação com o legado discursivo da historiografia da arquitetura. Entendendo que a arquitetura moderna é parte integrante dos cânones do patrimônio nacional, pergunta-se em que medida o moderno no órgão estadual paulista foi capaz de romper com a lógica do foco na arquitetura olhada a partir da crítica e de seus atributos estéticos ou estilísticos. Debateremos o papel da tradição do grupo de arquitetos modernos nas práticas na valoração das obras modernas paulistas, compreendendo de que maneira as progressivas mudanças no patrimônio nos anos 1970, e claramente 1980, trarão para a preservação da arquitetura moderna na ação do órgão estadual paulista, chegando até os tombamentos mais recentes nos anos 2000.
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