Abstract
As guerras mundiais do seculo XX devastaram geografias costeiras, mas ainda existem paisagens maritimas sem historia e vitimas naufragadas sem nomes. Pensar geograficamente a Batalha do Atlântico na costa do Brasil faz-se necessario, porque este cenario tropical tambem foi profundamente marcado pelos ataques de submarinos alemaes e italianos. Os naufragos dos navios torpedeados e os soldados praieiros estabeleceram relacoes significativas, durante a Segunda Guerra Mundial, com as populacoes litorâneas do Nordeste. Esta investigacao buscou compreender os acontecimentos militares e suas relacoes espaciais no litoral sergipano, no periodo compreendido entre 1942 a 1945. Em termos metodologicos, foi feita a revisao bibliografica sobre a tematica da entrada do Brasil na Segunda Grande Guerra e sobre os malafogados, ou seja, os resquicios materiais resultantes dos torpedeamentos na costa sergipana, alem de entrevistas com moradores antigos com questionamentos sobre as praticas e as memorias sobre esse periodo historico. A partir da analise desta memoria pode-se perceber que as populacoes litorâneas possuiam a incrivel habilidade de produzir historias sobre o sinistro. Elas buscaram entender os resultados do torpedeamento dentro do universo das suas tradicoes culturais. O mundo dos malafogados nasceu como resposta a uma luta contra o invisivel.
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