Abstract

O presente trabalho é o resultado de uma análise transtextual, conforme dispõe Genette (2006), do conto “Viagens e Viajantes na História da Literatura”, de João Inácio Padilha (1988). Tal análise é aliada à concepção da dupla estrutura formal do conto, de Ricardo Piglia (2004), aos preceitos da metaficção historiográfica, de Hutcheon (1989), e aos de ficção autobiográfica, de Perrone-Moisés (2016). Esta análise, típica das práticas hipertextuais, permitirá observar como o conto objeto retoma enunciados primeiros para ressignificá-los e recontextualizá-los na construção da sua narrativa. Verificando-se que “Viagens e viajantes na História da Literatura” resulta em uma poética da escrita machadiana que permite repensar a obra do autor de Dom Casmurro como uma narrativa de resistência aos grandes centros hegemônicos, como é o caso da França, para a época do escritor. Machado propunha um encontro dialético entre o que seria uma escrita nacional e universal, negando a obrigatoriedade de uma escrita exótica de cor local para anular a fronteira entre o local e o universal.

Highlights

  • ISSNe 2175-7917 narrative.In this process, the short story by João Padilha shows, indirectly, the way the readers should read the story because it activates references that work as reading metaphors, as a way of going through Machado de Assis’s work/text through the principle of palimpsestic construction

  • Este trabalho apresenta uma análise transtextualdo conto Viagens e viajantes na história da literatura (1988), de João Inácio Padilha

  • A narrativa em análise está circunscrita por três histórias: a primeira é contada por um narrador-conferencista e revela seu encontro com o professor Otacílio da Silveira; a segunda é narrada pelo professor Otacílio e apresenta detalhes sobre um encontro que teve com o mestre Machado de Assis; a terceira história é narrada “pela” voz de Machado de Assis, mas no corpo do professor Otacílio

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Summary

Introduction

ISSNe 2175-7917 narrative.In this process, the short story by João Padilha shows, indirectly, the way the readers should read the story because it activates references that work as reading metaphors, as a way of going through Machado de Assis’s work/text through the principle of palimpsestic construction. Este trabalho apresenta uma análise transtextualdo conto Viagens e viajantes na história da literatura (1988), de João Inácio Padilha.

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