Abstract
Resumo É inegável o valor histórico e filosófico da leitura usual do Fédon, que enfatiza a dimensão imortal da alma que migraria em um plano metafísico, porém, aqui, propomos desenvolver a abordagem hermenêutico-fenomenológica e as implicações éticas decorrentes dessa interpretação. Faremos isso a partir da sugestão de Gadamer de traduzir o conceito de μɛτοίκησις como traslado da alma, o que abre precedentes para abordar a experiência de morte como um exercício espiritual que acontece e se finaliza na facticidade. Na primeira seção, destacaremos passagens e proporemos uma compreensão do Fédon a partir do mote da alma que muda de hábitos e se configura como uma transvaloração existencial. A seguir, mostraremos que a experiência de compreensão, calcada sobre a consciência da finitude, nos leva a intensificar e a ressignificar a noção de morte e a discussão sobre imortalidade da alma, como mudança da morada do ser, isto é, um modo de [re]orientar nosso modo de viver. Por fim, elucidaremos implicações éticas decorrentes da abordagem relativas aos temas da transfiguração de valores e da morte, divisão do corpo e da mente, orientação existencial, expressão da responsabilidade e modo de viver mais consciente em sociedade.
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