O Stock Granítico Serra do Barriga (SGSB), localizado a NNW do Ceará, nordeste do Brasil, apresenta variação faciológica que permite exploração comercial em quatro tipos de rochas ornamentais: Rosa Iracema (RI), Rosa Olinda (RO), Branco Savana (BS) e Branco Cristal Quartzo (BCQ). O objetivo deste trabalho é determinar a paragênese, a composição química e a classificação dos principais minerais, além das relações genéticas entre as fácies graníticas. Foram realizadas análises petrográficas, utilizando-se lâminas delgadas e análises de química mineral através de microssonda eletrônica. As análises petrográfica e de química mineral mostram que o SGSB varia de sienogranitos e monzogranitos inequigranulares a porfiríticos e não ocorrem diferenças significativas nas composições dos minerais entre as fácies, exceto ligeiras variações no teor de Or nos KF. O feldspato potássico é ortoclásio, o plagioclásio mostra transição de albita para oligoclásio. A biotita corresponde a annita com tendência a siderofilita, enquanto o anfibólio corresponde a ferro-edenita. As transformações minerais pós-magmáticas ou hidrotermais como exsolução, potassificação, albitização, cloritização, sericitização e neoformação de fluorita são comuns no SGSB e contribuem na “descoloração” das fácies rosas para as brancas. No plagioclásio dos granitos brancos ocorre frequente sericitização sobreposta à microclinização, com neoformação de fluorita. Todos os dados convergem para a ideia de que as fácies foram formadas por um mesmo evento magmático, sendo que os sienogranitos (RI, RO e BCQ) correspondem à faciologias originadas por um mesmo magma, seguido por um novo pulso magmático mais máfico, representado pelo monzogranito porfirítico (RO).