A polinização é um serviço ecossistêmico chave na manutenção da biodiversidade, essencial no processo reprodutivo das plantas superiores em quase todos os sistemas produtivos terrestres. Para que se possa manter a vasta biodiversidade global, incluindo de espécies cultivadas, é necessária que haja diversidade de polinizadores. No entanto, as abelhas sofrem com as ações antrópicas. Estes insetos vêm desaparecendo de áreas agrícolas devido à introdução de espécies exóticas, às grandes áreas de monocultivo, ao desmatamento para agricultura e pastagem e, principalmente, à fragmentação de habitats e ao uso excessivo ou incorreto de defensivos agrícolas. Esses pesticidas podem afetar não só a longevidade das abelhas, como também sua vitalidade o que pode, ao longo do tempo, influenciar na manutenção das colônias. No caso do uso de defensivos agrícolas, a maioria dos estudos visa avaliar os efeitos dos inseticidas sobre as abelhas, sendo escassos os estudos sobre outras classes de produtos, como os herbicidas. Esta revisão buscou dar foco aos possíveis efeitos, especialmente, de uso de herbicidas na sobrevivência e no desenvolvimento das abelhas. O uso de herbicidas que apresentam toxicidade para os insetos benéficos, como glyphosate, 2,4-D, MSMA e paraquat devem ser continuamente monitorado. As doses subletais dos herbicidas, ou seja, dose menor do que a que provoca a morte, podem provocar alterações comportamentais nos indivíduos, acarretando em sérios prejuízos à manutenção das colônias.