Objetivo: Investigar a associação entre um polimorfismo relacionado aos receptores de dopamina, conhecido como TaqIA, e o comportamento tabágico em uma amostra da população Brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 449 indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos. O histórico do comportamento tabágico foi obtido por meio de um questionário. Amostras de sangue foram genotipadas para TaqIA (rs1800497) por Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real. Análises de Regressão logística e linear foram usadas para verificar o efeito dos genótipos no comportamento tabágico. Resultados: 66,4% dos participantes eram Nunca fumantes, 12,2% Fumantes atuais e 21,4% Ex-fumantes. O alelo variante T de TaqIA foi associado ao início do tabagismo mais tardio em comparação a CC (16,97 vs. 15,09; IC 95%: 15,75-18,19; p= 0,02). O alelo T também conferiu maior probabilidade de cessação em mulheres (OR= 3,17; 95% IC: 1,06-9,45; p=0,04). Nos homens não foi encontrada diferença significativa. Não foi observada associação entre o polimorfismo e o risco para se tornar fumante, CPD, e FTND. Conclusão: TaqIA rs1800497 foi associado com um efeito protetor para idade de iniciação do tabagismo e maior probabilidade de cessação em mulheres, em uma amostra da população Brasileira.
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