Snappers, como os Lutjanidae são conhecidos, estão amplamente distribuídos ao longo do Atlântico Ocidental, especialmente espécies do gênero Lutjanus, o mais abundante para esta região. Representam importantes recursos pesqueiros, sendo bastante capturados pela pesca comercial. Para a costa do Brasil, Atlântico Sul Ocidental, as espécies mais capturadas são L. purpureus, L. analis, L. synagris, O. chrysurus e o L. vivanus. Este último é comumente capturado em conjunto com o pargo L. purpureus. O objetivo do trabalho foi reunir dados da Região Controle mitocondrial para essas cinco espécies a fim de discutir aspectos da estrutura genética de suas populações e testar sua eficiência como marcador espécie-específico. Analisamos uma região de 390 pb da porção 5’ para 827 snappers, sendo 107 da espécie L. analis, 240 de L. purpureus, 272 de L. synagris, 56 de L. vivanus e 152 de O. chrysurus. Observamos diferentes níveis de diversidade genética para as cinco espécies, além do intenso compartilhamento de haplótipos em cada uma, sugerindo ampla conectividade genética para a costa do Brasil. Acreditamos que os diferentes padrões de variação observados estão relacionados a história evolutiva das espécies, aliados as peculiaridades bioecológicas de cada uma, sendo um produto de eventos históricos. Por isso, acreditamos que a RC é bastante adequada para a detecção de perda de diversidade resultante de gargalos populacionais históricos, não sendo adequada para a diagnose de sobrepesca. Além disso, comprovamos sua utilidade como marcador espécie-específico, representando uma nova possibilidade de Barcode para Lutjanidae.
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