Este artigo tem como objetivo realizar discussão sobre o processo de implementação do estágio curricular supervisionado em Psicologia clínica, desde o período da regulamentação da profissão, até a formalização das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, baseando-se na literatura científica. O estímulo para confecção deste estudo parte-se do reconhecimento da relevância do aperfeiçoamento de estudantes estagiários para a formação profissional do psicólogo brasileiro. Utilizou-se como metodologia uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir da busca por publicações científicas indexadas nas bases de dados: SciELO, PePSIC e ERIC. Os seguintes descritores foram utilizados: psicologia clínica, educação, estágio clínico, estudante e universidades. Ao final das buscas, foram selecionados 25 estudos que abrangeram a realidade brasileira, entre os anos de 1989 a 2020, que atenderam aos critérios de elegibilidade para compor o artigo. Busca-se compreender, ao longo do artigo, as necessidades, os métodos de ensino e de aprendizagem durante o estágio supervisionado, que devem estar alinhados a teoria aprendida no decorrer do curso com as ações práticas do fazer do Psicólogo, de modo que possibilite um raciocínio clínico e uma postura ética. Conclui-se que o estudo propõe ainda que é fundamental que as instituições de ensino superior avaliem e renovem a Clínica-escola, de modo que os estudantes sejam capacitados e comprometidos em oferecer suporte à sociedade, visto que estas instituições são incumbidas em proporcionar a formação de Psicólogos de elevada qualificação e, nessa concepção, deve-se formar cidadãos aptos de atuar diante das demandas típicas do século XXI.