O processo de internação sempre afeta em algum grau a família do paciente. Quando se trata de crianças, especialmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a situação torna-se ainda mais delicada. Diversos estudos apontam a importância da presença da família para recuperação da criança internada em UTI, além deste ser um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 12; e também garantido pela Política Nacional de Humanização do SUS. Entretanto, por vezes as condições concretas não são propícias a tal. Atualmente a UTI Pediátrica do HC-Unicamp, passa por um período de reformas, estando momentaneamente sem alojamento para acolher e acomodar pais e responsáveis vindos de cidades distantes. Compete ao Assistente Social contribuir para o acesso dos usuários aos seus direitos civis, sociais e políticos, estando assim alinhado a seu projeto ético-político profissional. Esse trabalho tem por objetivo apresentar os dados relacionados aos encaminhamentos realizados pelo Serviço Social após a entrevista social na UTI. No período de fevereiro a maio de 2016 foram realizados 32 encaminhamentos para municípios vizinhos para garantia de visitas de pais às crianças e adolescentes internados. Deste modo,por haver a garantia legal da permanência de familiares durante a internação, cabe ao Serviço Social neste espaço socio-ocupacional intervir junto aos municípios de origem dos pacientes a fim de garantir o transporte diário dos familiares ao hospital, o que tem sido uma tarefa árdua tendo em vista o cenário de minimização das ações do Estado em razão da conjuntura econômica atual.
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