A abertura externa do aqueduto vestibular foi avaliada como uma referência para ajudar na preservação do labirinto por meio do acesso suboccipital retrossigmóideo transmeatal. Foram estudados ossos temporais, segmentos cefálicos, pacientes portadores de neurinomas do acústico e exames por tomografia computadorizada dos ossos temporais. As correlações existentes entre a abertura externa do aqueduto vestibular, poro acústico interno e crista transversa foram observadas, e realizadas medidas entre essas estruturas. Dissecações foram efetuadas nas partes anatômicas para a exposição da abertura externa do aqueduto vestibular junto à saída do saco endolinfático. A parede posterior do meato acústico interno foi aberta, sem atingir, porém, a abertura externa do aqueduto vestibular, que foi usada como referência para o limite lateral da brocagem. Finalmente, o aqueduto vestibular, a cruz commune e o canal semicircular posterior foram abertos para certificar-se de que eles não haviam sido lesados anteriormente, e para comprovar que ainda existia um limite ósseo entre a extremidade lateral do meato acústico interno e o labirinto. A mesma referência foi utilizada em 24 pacientes portadores de neurinomas do acústico, com o propósito de preservar as partes óssea e membranosa do labirinto, e foi estudada por tomografia computadorizada dos ossos temporais. Existia sempre uma correlação entre a abertura externa do aqueduto vestibular, a extremidade lateral do meato t o labirinto. A distância entre o poro acústico interno e a abertura externa do aqueduto vestibular nunca foi menor que a distância entre esse mesmo poro e a crista transversa. A abertura externa do aqueduto vestibular estava, em geral, lateral à projeção perpendicular da extremidade meatal lateral na superfície petrosa posterior, e, quando sob linha direta da visão, fornecia um ângulo apropriado para que pudessem ser evitadas lesões na porção mais póstero-medial do labirinto. Se a parede posterior do meato não fosse brocada até a abertura externa do aqueduto vestibular, o labirinto poderia ser preservado. Os resultados dos casos cirúrgicos mostraram que o labirinto pôde ser mantido intacto em todos os pacientes, e que os tumores foram completamente removidos. Por meio de exames de tomografia computadorizada dos ossos temporais pode-se avaliar o grau de afastamento do hemisfério cerebelar, necessário para a obtenção de um ângulo seguro de exposição da parede meatal posterior, e a extensão dessa parede que pode ser aberta sem causar danos ao labirinto. O estudo anátomo-topográfico, as observações tomográficas e os resultados obtidos na presente casuística comprovam que a abertura externa do aqueduto vestibular pode auxiliar na preservação do labirinto durante a brocagem da parede posterior do meato acústico interno, pelo acesso suboccipital retrossigmóideo.
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