Descrevem-se aqui as teorias tradicionais de verdade, desde aquela por correspondência até a por consenso. O construtivismo é então apresentado como alternativa para as ciências humanas, que apresentam um caráter emancipatório, e isto entra na composição de seu conceito de verdade. No caso da religião, a verdade é mais experiencial, mas a teologia precisa seguir os critérios de verdade das demais ciências. Assim, a crítica dos neo-ateus não se sustenta, pois abordam a religião só em seu conteúdo cognitivo. Eles têm sua razão, no entanto, dada a propensão humana ao engano e ao autoengano (ilusão), os quais, no entanto, se referem a todas as esferas de conhecimento. A teologia também tem de se questionar sobre que tipo de evidências empíricas dispõe para embasar suas afirmações. A pluralidade religiosa (e, portanto, de reivindicações de verdade) surge como problema, mas o entendimento das raízes comuns da religião, fornecido pelas ciências evolutivas, fornece uma base importante para se lidar com o problema. Em resumo, o que se apresenta aqui é um esboço de defesa do realismo em teologia.