<span class="texto">Esta pesquisa teve por objetivo verificar a acurácia da cefalometria radiográfica das vias aéreas posteriores para o diagnóstico da SAOS. A amostra constou de 60 pacientes, todos com suspeita clínica de SAOS. Diagnóstico polissonográfico positivo: índice de apnéia-hipopnéia [I(A+H)] por hora de sono igual ou maior que 5 eventos. Diagnóstico cefalométrico positivo: EAPs (espaço aéreo posterior superior) < 26mm e (ou) EAPm (espaço aéreo posterior médio) < 9mm e/ou EAPi (espaço aéreo posterior inferior) < 11mm. O estudo estatístico verificou a acurácia da análise cefalométrica, comparada ao exame polissonográfico (padrãoouro). A comparação foi estabelecida através dos testes de McNemar e kappa de Cohen. A sensibilidade da análise cefalométrica foi de 91.5%. A especificidade foi de 38.5%. O valor preditivo positivo foi de 84.3%. O valor preditivo negativo foi de 55.6%. Falso negativo = 4 (quatro) situações. Falso positivo = 8 (oito) situações. O teste de McNemar mostrou não haver diferença estatisticamente significante entre os resultados auferidos pela cefalometria e pela polissonografia (p = 0.388), e o nível de concordância calculado por meio do coeficiente kappa de Cohen foi de 33.7% (p = 0.007), significante para valores de p < 0.05. A alta sensibilidade e o elevado valor preditivo positivo fazem da cefalometria radiográfica instrumento confiável, capaz de diagnosticar com alta acurácia pacientes portadores de SAOS, identificando o sítio obstrutivo relacionado à manifestação da condição. Entretanto, a baixa especificidade da cefalometria radiográfica e o seu valor preditivo negativo não permitem admiti-la como exame único.</span>
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