RESUMO Objetivo: comparar os níveis de empatia entre estudantes de enfermagem em diferentes estágios da graduação, considerando gênero e idade. Método: estudo conduzido na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, com abordagem quantitativa, descritiva, comparativa e transversal. A amostra incluiu 169 alunos dos quatro anos de graduação em Enfermagem. Utilizou-se um questionário sociodemográfico para coletar informações no período de agosto de 2020 a abril de 2022 e a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal para mensurar empatia. As relações entre empatia e variáveis independentes foram analisadas, utilizando modelos lineares e apresentados com médias estimadas, intervalos de confiança e valores-p, com nível de significância de 5%. Resultados: a comparação dos níveis de empatia em diferentes períodos da graduação não revelou relações significativas com o ano de graduação. No entanto, o menor escore nas três subescalas ocorreu no quarto ano. Ao analisar a relação entre anos de graduação e gênero, nenhuma subescala apresentou diferenças significativas. Ao separar por ano de graduação, a diferença significativa na subescala Consideração Empática surgiu no segundo ano, com escores mais altos para o gênero feminino. Conclusão: o estudo destaca a importância contínua do ensino de empatia na formação em enfermagem. Assim, a utilização da Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal se mostra valiosa para avaliar intervenções e oferecer subsídios para ajustes nas estratégias educacionais. O compromisso com o aprimoramento da empatia ao longo da formação e prática profissional é essencial para garantir uma assistência de saúde verdadeiramente centrada no paciente.