A folha de Flandres é altamente resistente, maleável e tem boa soldabilidade, é facilmente reciclada, o que a torna ideal para a embalagem de alimentos e bebidas. No entanto, uma grande desvantagem é a sua suscetibilidade à corrosão. Em alimentos ácidos, a interação entre a embalagem e o alimento leva à dissolução de metais como o ferro e o estanho que compõem a embalagem. Neste estudo, a salmoura do milho verde enlatado foi caracterizado quanto ao seu valor de pH (6,3), grau Brix (5,0 oBrix), concentração de Cl- (1,2 g/L) e densidade (1,1 g/mL). Amostras das três partes da lata (tampa, corpo e fundo) com e sem verniz foram estudadas quanto à corrosão eletroquímica através de curvas de Tafel em diferentes condições de pH, Cl- e temperatura. Através da análise estatística também foi estudada a influência destes fatores na taxa de corrosão (CR) via planejamento fatorial 2^3 com triplicata no ponto central. O estudo mostrou que os fatores estudados tiveram uma influência significativa na CR apenas para a amostra sem verniz. O verniz foi caracterizado como uma resina epóxi fenólica de acordo com a reflectância total atenuada para medidas de espetroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR/ATR). A eficiência da inibição da corrosão promovida pelo verniz foi confirmada pela comparação dos valores de energia de ativação para o processo de corrosão, que foram de 154,3 kJ/mol e 42,97 kJ/mol para as amostras com e sem verniz, respetivamente. Assim, neste trabalho, foram quantificados os principais elementos na corrosão da folha de Flandres, de forma a contribuir para a utilização deste importante tipo de embalagem.
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