Existem vários processos de deterioração que interferem no desempenho e durabilidade de um concreto, dentre estes processos encontra-se a reação álcali-agregado (RAA). A RAA é um termo geral utilizado para descrever a reação química que ocorre internamente em estruturas de concreto, entre os hidróxidos alcalinos presentes no cimento e fases minerais reativas presentes nos agregados. Como resultado da reação, forma-se um gel sílico-alcalino que, na presença de umidade, absorve água, sendo capaz de expandir no interior da massa de concreto, podendo causar expansão e, consequentemente, fissuração interna e externa nas estruturas de concreto. As medidas preventivas à ocorrência da RAA são conhecidas há muito tempo e aplicadas rotineiramente apenas em estruturas de usinas hidrelétricas. Sabendo-se que qualquer estrutura sujeita a intensa umidade pode desenvolver a RAA, a prevenção é necessária também nas edificações residenciais, por exemplo, em locais onde o concreto esteja exposto à umidade, a fim de garantir estruturas mais duráveis e, portanto, mais sustentáveis, uma vez que a geração de resíduos pela necessidade de manutenção constante, ou demolição, vai na contramão dos pilares da sustentabilidade na construção. Nesse contexto, a primeira etapa do processo de prevenção da ocorrência da RAA é conhecer o potencial reativo dos agregados, pois conhecendo esse parâmetro é possível empregar materiais cimentícios adequados à inibição do desencadeamento da reação. Esta pesquisa, tem como objetivo avaliar o potencial álcali-reativo de oito amostras de areia, provenientes das jazidas fornecedoras do insumo para produção de concreto no Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado baseando-se no método acelerado de barras de argamassa, de acordo com a ABNT NBR 15577-4 (2018) e na avaliação das características mineralógicas dos agregados, através da análise petrográfica. Os resultados apontaram um alto potencial deletério das amostras avaliadas. Verificou-se que 7 de um total de 8 amostras analisadas foram classificadas como potencialmente reativas. A variação percentual entre a amostra de maior para a de menor expansão foi de 93,44% (0,61%-0,04% respectivamente), sendo potencialmente inócua apenas a amostra de areia da cidade de Osório/RS.