Espinhaco Meridional Research Articles

Avaliação da estrutura trófica da avifauna em áreas de savana tropical (cerrado) no Espinhaço Meridional

Environmental impacts can be captured through the richness and trophic structure of the bird. ree areas were sampled in different stages of conservation in Espinhaco Meridional, being registered: the birds, with their respective food guild and the degradation and structural status of the landscape measured. Fi een visits were carried out, seven samplings in the dry season (April to October) and eight in the rainy season (November to March), totaling 360 hours of sampling effort. e main results indicate: a faunal profile with a predominance of insectivores, frugivores and omnivores in the areas and in seasons and high similarity. We can conclude that the avifauna indicates a tendency to present greater plasticity and environmental amplitude in savanna environments.

Os solos e a evolução de paisagens na Serra do Espinhaço Meridional, Brasil

The Serra do Espinhaco Meridional (SdEM) is a mountain range in the orogenic belt range of the Proterozoic Eon, whose lithology is formed mainly by quartzites and phyllites, which originate shallow and acidic soils. Its relief comprises a succession of planing surfaces, such as Chapadao do Couto, separated by dissected areas. e objective of this work was to understand the distribution and characterize the soils of a toposequence, to contribute to the understanding of the evolution of the landscape of Chapadao do Couto and SdEM. Evidence has been found that the Chapadao do Couto planing surface was formed in the Paleocene/ Eocene and dissected intermittently since then, with the soils of the tops and slopes of its hills being formed and eroded cyclically. e depressions were also intermittently filled by mineral and organic sediments. e installation of the drainage network and the formation of the hills began in the Tertiary, while the genesis of current soils began in the Late Pleistocene and the Holocene.

Solos e superfícies de erosão: uma contextualização da evolução da paisagem na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Minas Gerais

The study investigated the landscape evolution of Serra do Espinhaco Meridional (SdEM), MG, through the macromorphological, mineralogical, micromorphological and chemical characterization of soils developed from the main regional lithostratigraphic units. There are mainly Neossols and Cambisols, decapitated by erosion and covered discordantly by a paleo-pavement. Considering climatic variations, erosion surfaces and recent soil dating, we understand that after long desert conditions in the Cretaceous (Post-Gondwana Surface) until the Paleocene (South American Surface), there was an abrupt climatic variation in the Eocene, in which hot and humid conditions formed the weathered mantles and the dismantling of the quartz veins from the underlying geological units (Supergroup Espinhaco). These conditions were also present during the Miocene, disappearing in the Pliocene, where the installation of a new desert climate promoted the disappearance of vegetation and the consequent erosion-decapitating of soil profiles. In this context, the aforementioned regional paleo-pavement was formed and interpreted as contemporary to the Surface Velhas. Over it, during the Quaternary, countless peatlands were formed, suggesting mild regional climatic conditions.

Holocene climate change in central–eastern Brazil reconstructed using pollen and geochemical records of Pau de Fruta mire (Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais)

Studies dealing with the reconstruction of Holocene climate change of tropical areas are scarce. Of these, multi-proxy investigations using peatlands are still absent. In this paper, we present the Holocene record of environmental changes in central-eastern Brazil reconstructed from a core sampled in Pau de Fruta mire (Serra do Espinhaco Meridional, Brazil). We combined palynological and geochemical analyses, supported by core stratigraphy, 14C dating and multivariate statistics. The location of the mire is ideal because it is in an area which is directly associated with the South Atlantic Convergence Zone (SACZ). Six main phases of change suggested by vegetation and local and regional landscape dynamics were described. In phase I (~10,000-7360cal. yr BP) the climate was very wet and cold and was accompanied by soil instability in the mire catchment (severe local erosion) and the 8.2ka event was easily recognizable by a large increase in the deposition of regional dust. Phase II (~7360-4200cal. yr BP) was characterized by wet and warm conditions, catchment soil stability and enhanced deposition of regional dust. In phase III (~4200-2200cal. yr BP), climate was dry and warm and soil erosion in the catchment increased again. In phase IV (~2200-1160cal. yr BP) dry and punctuated cooling was reconstructed, together with enhanced deposition of regional dust. Phase V (~1160-400cal. yr BP) reflects sub-humid climatic conditions (like the current climate), the lowest inputs of local and regional dust and the largest accumulation of peat in the mire. While in phase VI (< ~400cal. yr BP) sub-humid conditions continued but both local and regional erosion significantly increased. Our results demonstrate that the tropical peatlands of Serra do Espinhaco Meridional contain relevant records of Holocene climate changes, and that a multi-proxy approach offers good opportunities for a detailed reconstruction of palaeoenvironments.

A influência litológica nas taxas de denudação geoquímica do médio Espinhaço Meridional - MG

O presente trabalho visa investigar a influência da litologia nas atuais taxas de denudação geoquímica na média Serra do Espinhaço Meridional. As taxas de denudação correspondem ao volume de material proveniente da alteração das ro chas retirado de uma determinada área em um dado período de tempo (Souch, 2004). Estas taxas são intensamente controladas pelo substrato geológico, notadamente em bacias hidrográficas de menor extensão. O método adotado baseia-se na coleta de amostras das águas superficiais de dezesseis sub-bacias hidrográficas - que apresentam baixa interferência antrópica e estão sobre substrato geológico predominantemente quartzítico - e na medição da vazão dos canais amostrados. Análises químicas de águas superficiais, coletadas nos períodos úmido e seco do ano, foram utilizadas no cálculo da taxa de denudação geoquímica, que, de modo geral, apresentou-se baixa devido a alta resistência dos quartzitos - litologia predominante. Os resultados demonstraram que, apesar da relativa homogeneidade litológica, a área apresenta uma denudação geoquímica diferencial, onde: (i) bacias que drenam rochas carbonáticas possuem taxas mais elevadas de denudação, confirmando a alta solubilidade desse material, (ii) bacias que drenam unidades quartzíticas apresentam taxas baixas de denudação, principalmente aquelas sobre as formações Galho do Miguel e Sopa-Brumadinho.

Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional - MG: I - caracterização e classificação

As turfeiras são ambientes especiais para estudos relacionados com a dinâmica da matéria orgânica, evolução das paisagens, mudanças climáticas e ciclos de poluição atmosférica locais, regionais e globais. Elas contribuem para o sequestro global de carbono, funcionam como reservatórios de água e constituem o ambiente de uma biodiversidade endêmica. A Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), "Reserva da Biosfera Terrestre", apresenta uma área significativa formada por diferentes tipos de turfeira, que foram descritas em três perfis, situados a 1.250 m (P1), 1.800 m (P2) e 1.350 m (P4) de altitude e classificados respectivamente como Organossolo Háplico Sáprico térrico (P1), Organossolo Háplico Fíbrico típico (P2) e Organossolo Háplico Hêmico típico (P4), de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Os três perfis foram caracterizados morfologicamente e, nas amostras coletadas, foram realizadas análises químicas, físicas e microbiológicas. Verificou-se que a localização, a altitude e a drenagem influenciaram os atributos morfológicos, físicos, químicos e microbiológicos das turfeiras da SdEM. O estádio de decomposição da matéria orgânica é mais avançado com a melhoria da drenagem nas turfeiras. O teor de metais pesados está relacionado com o teor e a composição granulométrica da fração mineral e com a localização das turfeiras. O perfil P1 apresentou os mais elevados teores médios de Ti, Zr e Pb; em P2 foram detectados os teores médios mais elevados de Mn, Zn e Cu; e o teor médio de Fe é mais elevado em P4. A intensidade da atividade microbiológica das turfeiras P2 e P4 relacionou-se com sua drenagem e com o teor de metais pesados de suas camadas.

Comparação de métodos para estimar a acidez potencial mediante determinação do pH SMP em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional

Apesar do potencial para uso agrícola e das características edáficas peculiares, poucos trabalhos são desenvolvidos para estimar a acidez potencial dos solos com elevado teor de matéria orgânica. O objetivo deste trabalho foi definir um modelo matemático que estime a acidez potencial (H + Al) a partir do pH SMP após determinação do pH do solo em água ou em solução de CaCl2 10 mmol L-1, com leitura do pH na suspensão ou sobrenadante da solução SMP de equilíbrio, em determinada relação solo:tampão SMP, em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Estado de Minas Gerais, situada entre 17 ° 30 ' a 20 ° 30 ' S e 43 ° a 44 ° W. Foram utilizadas 22 amostras de Organossolos classificados como Organossolo Háplico sáprico térrico, Organossolo Háplico fíbrico típico e Organossolo Háplico hêmico típico da SdEM. A acidez potencial dos Organossolos da SdEM pode ser estimada satisfatoriamente por meio do pH SMP na relação solo:tampão SMP de 10:10 medido na suspensão solo-solução SMP associada à rotina de determinação do pH do solo em água. O C orgânico foi o atributo químico que mais influenciou a acidez potencial dos Organossolos da SdEM.

SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL: UM ORÓGENO DE COLISÃO DO MESOPROTEROZÓICO

The Serra do Espinhaco Meridional (SdEM) is built mostly by Paleo- and Mesoproterozoic rocks of the homonymous supergroup. This supergroup includes sedimentary and volcanic rocks of the Guinda Group deposited between 1750 and 1700 Ma in a continental environment. The rift breakup generated a passive continental margin recorded by sedimentary and volcanic rocks (including banded iron formations) of the Serro Group.Tec tonic inversion occurred between 1.5 and 1.3 Ga. Syntectonic crustal stacking resulted in the formation of sedimentary throughs in fr ont of the orogenic belt, initially as a foredeep basin which is represented by deposits of the Conselheiro Mata Group, and later as foreland basins along the margins of the belt. During Late Mesoproterozoic times (about 1050 Ma) this orogenic belt underwent a mountain glaciation, recorded by the glaciogenic deposits of the Macaubas Group along the borders of the SdEM. After an episode of intracontinental magmatism (Pedro Lessa Suite) the SdEM together with a large region of the adjoining Sao Francisco craton, was covered by an epicontinental sea and, by that time, carbonate and pelitic rocks of the Bambui Group were deposited. The SdEM underwent uplift during the Late Neoproterozoic, causing local gravitional collapse of units of the Bambui Group at the western border of this orogenic belt.