Abstract Movement by mammals generally increases with body size, described by a positive exponent scaling with either home range area or day range distances. Below ca. 100 g, however, interspecific comparisons suggest a negative scaling, increasing movement with decreasing body size. Such a pattern is expected from the rising costs of thermoregulation below ca. 100 g, implying that it should also be observed in intraspecific comparisons. We tested this hypothesis by investigating the scaling exponent of daily home range with body mass for a small (< 100 g) marsupial, the gray slender mouse opossum, Marmosops incanus. We tracked 85 opossums (56 M, 29 F) with a spool-and-line device between August 1998 and October 2005 in the Serra dos Órgãos National Park, a region of Atlantic Forest in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Individual paths were mapped and daily home ranges quantified by the minimum convex polygon encompassing each path. We formulated linear models and compared them using Akaike information criteria. The best-supported model for females had only climatic season as a main determinant of daily home range, whereas the best model for males had body mass and reproductive season as the main effects. As predicted, the scaling exponent of daily home range with body mass of males was negative, in contrast with positive intraspecific exponents for opossums > 100 g estimated in a previous study. The inversion in scaling relationships around 100 g in opossums supports the rising costs of thermoregulation as the main cause of this general pattern in mammals. Effects of body mass are generally weak in intraspecific comparisons, but might still be detected after standardizing other effects, opening new possibilities for testing macroecological models at smaller scales. Espera-se que a quantidade de movimento de mamíferos aumente com o tamanho corporal, descrita por um expoente de escala positivo, tanto para área de vida quanto para distâncias diárias de deslocamento. Abaixo de ca. 100 g, comparações interespecíficas sugerem um expoente negativo, áreas de movimento aumentando com menores tamanhos de corpo. Este padrão é apoiado pelo custo crescente de termorregulação abaixo de ca. 100 g, que implica que também ocorreria em comparações intraespecíficas. Testamos esta hipótese investigando o expoente de escala da área de vida diária com a massa corporal em um pequeno (< 100 g) marsupial, Marmosops incanus. Indivíduos foram rastreados com carretel-de-rastreamento entre agosto de 1998 e outubro de 2005, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, uma região de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Trajetórias individuais foram mapeadas e sua área de vida diária medida pelo polígono convexo mínimo envolvendo cada trajetória. Oitenta e cinco indivíduos foram rastreados, sendo 29 fêmeas e 56 machos. Modelos lineares foram formulados e comparados com o Critério de Informação de Akaike. O modelo com maior suporte para fêmeas teve apenas estação climática como determinante principal da área de vida diária, enquanto o melhor modelo para machos teve massa corporal e estação reprodutiva como efeitos principais. O expoente de escala de área de vida diária com massa corporal de machos foi negativo, contrastando como os expoentes positivos para marsupiais > 100 g estimados em um estudo anterior. A inversão de relações de escala em torno de 100 g nestes marsupiais apoia que custos crescentes de termorregulação sejam a causa principal deste padrão geral em mamíferos. Os efeitos da massa corporal são geralmente fracos em comparações intraespecíficas, mas podem ser detectados após a exclusão de outros efeitos, abrindo novas possibilidades para testar modelos macroecológicos em escalas menores.
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