RESUMO A sobrevivência das empresas é tema teórico recorrente no campo da administração e da economia e tem sido explorado, sobretudo, no campo das teorias evolucionárias. O objetivo deste artigo é analisar a sobrevivência organizacional das administradoras de consórcio no Brasil a partir dessa perspectiva evolucionária. A abordagem é qualitativa, baseada em dados secundários do Banco Central e dados primários coletados por meio de entrevistas com diretores de administradoras de consórcios. Os dados foram analisados segundo a técnica da análise de conteúdo. A análise com base na ecologia populacional e na economia evolucionária permitiu identificar: movimento de fusões e aquisições e seus motivos; mudanças ambientais; alinhamento estratégico; relação entre os agentes; efeitos de idade e tamanho e aspectos da gestão, como financiamento interno, perfil da carteira de clientes e recursos humanos, além da inovação. Conclui-se que as dissoluções são predominantes nessa indústria (dinamismo); a sobrevivência se deve ao atendimento diferenciado e, principalmente, à inovação (alinhamento estratégico); provavelmente as mais fortes barreiras de entrada de novos competidores são a idade e o tamanho das instituições e, quanto à gestão interna, a liberdade para a fixação das taxas de administração tem sido benéfica ao diferenciar as administradoras. Palavras-chave: Teoria evolucionária. Sobrevivência organizacional. Administradoras de Consórcios. ABSTRACT Organizational survival is a recurring theme in the literature on management and economics, and has been explored, in particular, in the field of evolutionary theories. The purpose of this article is to analyze the organizational survival of Brazilian consortium managers, based on this evolutionary perspective. The approach is qualitative, using secondary data from the Central Bank and primary data collected through interviews with the directors of consortium managers. Data were analyzed using the technique of content analysis. The analysis is based on population ecology and evolutionary economics, and resulted in the identification of: a movement of mergers and acquisitions, and the reasons behind them, environmental changes, strategic alignment, relationship between the agents, effects of age and size, and aspects of management such as internal financing, profile of the customer portfolio and human resources, and innovation. It is concluded that breakups are prevalent in the industry (dynamism); survival is due to the differentiated service and especially, to innovation (strategic alignment); the strongest entry barriers faced by new competitors are probably the age and size of the institutions, and in relation to internal management, the freedom to fix management fees has been beneficial in differentiating consortium managers. Key-words: Evolutionary theory. Organizational survival. Consortium Managers.