A Itália é um país tradicionalmente marcado por fenômenos de bilinguismo e plurilinguismo. A atenção sobre eles vem crescendo nos últimos trinta anos, uma vez que o aumento da presença de filhos e filhas de imigrantes na escola tem revelado suas necessidades específicas, incluindo aquelas relacionadas ao aprendizado da língua italiana. O presente artigo reconstrói, grosso modo, os resultados dos estudos lingüísticos, focalizando as coordenadas gerais dentro das quais o tema do ensino e aprendizagem do italiano como segunda língua é colocado. O artigo enfoca algumas questões cruciais em torno das quais a pragmática intercultural se desenvolve, incluindo a interlíngua, a transferência, a distância entre a primeira e a segunda língua e os fatores psicossociais que interferem no aprendizado da segunda língua. O objetivo é mostrar como a questão da aprendizagem da língua do país de imigração está ligada não apenas a fatores estritamente lingüísticos, mas também biográficos.