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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM PACIENTES PORTADORES DE RIM ÚNICO

Introdução: Tem sido descrito na literatura que pacientes portadores de rim único podem desenvolver perda da função renal tornando-se portadores de doença renal crônica (DRC). Objetivo: Avaliar a função renal em pacientes nefrectomizados e acompanhados no HC-UFPR. Métodos: Estudo retrospectivo, analítico e descritivo. Os pacientes foram selecionados no sistema de informática por meio do CID-Z52.4 (doador renal) e CID-Z90.5 (ausência adquirida do rim). Foram selecionados 28 pacientes, os quais foram acompanhados no período entre 1984 e 2016. Foram coletados dados clínicos e laboratoriais dos prontuários ao longo do acompanhamento. Foi avaliada a função renal por meio da estimativa da Taxa de Filtração Glomerular (TFG), calculada usando a fórmula CKD-EPI (Chronic Kidney Disease – Epidemiology collaboration equation) e pela quantificação de proteinúria. Resultados: A população estudada foi majoritariamente do sexo feminino (67%) e possuía média (±desvio padrão) de idade de 56 ± 12 anos. Deste total, 75% eram doadores renais, 21% foram nefrectomizados por complicações de nefrolitíase e 4% por estenose de junção uretero-piélica. Desses, 57% dos pacientes eram hipertensos e 11%, diabéticos. O tempo de acompanhamento médio foi de 14,64 ± 9,02 anos. Observou-se uma queda insignificante na TFG estimada (79,6 ± 21,95 versus 69,3 ± 20,52 ml/min/1,73m2, p=0,14) no acompanhamento. Entretanto, observou-se aumento prevalência de proteinúria, inicialmente observada em 10,71%, para 39,29% ao final do acompanhamento (p<0,05). Conclusão: Apesar de não se verificar uma queda significativa da TFGe, verificou-se o aumento da prevalência de proteinúria, apontando a possibilidade, destes indivíduos, desenvolverem doença renal crônica a longo prazo.

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CARCINOMA HEPATOCELULAR – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Introdução: globalmente, são diagnosticados mais de meio milhão de casos de carcinoma hepatocelular (CHC) ao ano. É o terceiro câncer em mortalidade e o sexto em incidência. Os fatores de risco são bastante conhecidos e descritos na literatura - a cirrose, o principal deles, é encontrada em 90% dos casos. Em termos globais, a etiologia mais comum é o vírus da hepatite B (HBV), seguido do vírus da hepatite C (HCV). Material e métodos: realizada uma busca na base de dados do Medline a partir da ferramente MeSH do site Pubmed no dia 11 de março de 2014. Foram usadas como palavras-chave: “carcinoma hepatocellular/epidemiology”. Restringindo a revisões sistemáticas ou revisões publicadas nos últimos 5 anos, foram encontrados 154 artigos. A partir da leitura do título e abstract, o número foi reduzido a 52. Adicionalmente, incluímos artigos referenciados nos trabalhos selecionados. Resultados e Discussão: a distribuição do CHC no mundo é bastante heterogênea e dinâmica. Oitenta e dois por cento dos novos casos concentram-se em países em desenvolvimento, com a China contemplando sozinha 55%. Localidades de alta incidência de CHC normalmente são endêmicas para o HBV. Já em regiões de baixa incidência para o câncer, a etiologia predominante é o HCV. Somados, os vírus são encontrados em 80% de todos os casos. Outra característica é o maior comprometimento de homens – no Brasil, 78%. Os fatores de risco, além dos vírus, são o etilismo, hemocromatose, aflatoxina B1, hepatite autoimune, obesidade, Diabetes, Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica (NALFD), Esteatohepatite Não-Alcoólica (NASH) e tabagismo.

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CATETERIZAÇÃO DE SEIO PETROSO INFERIOR NO DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE CUSHING

Introdução: 15% dos casos de síndrome de Cushing ACTH-dependente devem-se a tumor ectópico. Técnicas bioquímicas e radiológicas têm sido desenvolvidas para ajudar na distinção entre produção ectópica ou hipofisária de ACTH. Objetivo: Relato de síndrome de Cushing ACTH-dependente, cuja definição diagnóstica foi realizada por cateterização bilateral de seio petroso inferior. Relato de caso: Mulher, 47 anos, com amenorreia, ganho de peso, fraqueza, hipertensão arterial, osteoporose e transtorno de humor. Ao exame, fácies em lua cheia e giba dorsal, estrias violáceas abdominais de 1,5 cm, membros inferiores com edema. A investigação laboratorial detectou hipercortisolismo ACTH-dependente. Teste de supressão com dexametasona (16 mg) sugeriu produção ectópica de ACTH. Entretanto, exames de imagem não detectaram lesões no sistema nervoso central ou fora dele responsáveis pelo excesso hormonal. A paciente foi encaminhada a outro serviço para realização de cateterização de seio petroso inferior, que não evidenciou gradiente entre os níveis de ACTH dosados próximo à glândula comparados à periferia, confirmando a origem ectópica do ACTH. Novos exames de imagem evidenciaram tumor em timo. Paciente foi submetida à videotoracoscopia com exérese da lesão, recebendo alta no 10º pós operatório com normalização dos níveis de cortisol e ACTH. Conclusão: A cateterização bilateral de seio petroso inferior é o teste que oferece maior sensibilidade e especificidade na diferenciação entre produção hipofisária e ectópica de ACTH. Uma vez que os exames de imagem iniciais não evidenciaram tumor, esse teste foi essencial na confirmação da etiologia ectópica do ACTH, o que motivou nova investigação e, consequente, diagnóstico e tratamento.

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Evaluation of citraturia and calcium/citrate ratio in nephrolithiasis patients. The continuous versus interval saga

Introduction: Despite the progress in the pathogenesis of nephrolithiasis, the individual risk assessment of formation and recurrence of kidney stones by measuring risk factors in 24-hour urine is often difficult. Our objective was to evaluate urinary risk factors associated with nephrolithiasis, particularly citraturia and the calcium/citrate ratio in recurrent kidney stones formers and in subjects without nephrolithiasis. Methods: 103 kidney stone formers (30 men and 73 women) and 32 non-stone subjects (11 men and 21 women) were retrospective studied. Clinical and laboratory data were collected from every subject. Results: There was no difference in age between the groups (44.4±11.8 years and 43.3±17 years). In urine, volume, calcium (189.6±98.7 vs. 150.7±107.3, p=0.029), sodium and oxalate (33.7±28.2 vs. 22.2±15.3, p=0.041) were higher in kidney stones when compared to control subjects. Urinary excretion of uric acid and citrate was similar in both groups, with no significant differences. For the cohort of stone formers patients, but not for healthy subjects, there was a positive correlation between calcium and citrate excretion in urine (r=0.41, p<0.001). When utilizing the calcium/citrate ratio to differentiate stone and non-stone formers subjects, we could not find any difference. Conclusion: For the kidney stone formers, the assessment of risk factors by 24-hour urine needs to be categorized as continuous and not as interval variables. Prospective studies are necessary to determine the normal range of daily citraturia and to evaluate the role of isolated hypocitraturia in the incidence, prevalence and clinical course of kidney stone formation

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USO DA DIÁLISE PROLONGADA DE BAIXA EFICIÊNCIA EM PACIENTES DO HOSPITAL DE CLÍNICAS-UFPR

Introdução: A Diálise Prolongada de Baixa Eficiência (DPBE), terapia híbrida de substituição da função renal, surgiu como alternativa aos métodos intermitentes e contínuos de diálise na insuficiência renal aguda. Objetivo: Demonstrar a experiência com a DPBE no tratamento de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e do Centro de Terapia Semi-Intensiva (CTSI) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) entre Abril/2013 e Outubro/2014. Materiais e Métodos: As informações foram coletadas dos prontuários de pacientes da UTI/CTSI, submetidos à DPBE (sistema GENIUS®) com duração de 8 horas. Incluíram-se dados demográficos como: sexo, idade, presença de diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e doença renal crônica (DRC), uso de drogas vasoativas (DVA) e de ventilação mecânica (VM). Foram obtidas dosagens plasmáticas de ureia, creatinina, sódio, potássio, fósforo, magnésio, bicarbonato, glicose, saturação de O2 e pressão parcial de O2 e de CO2 em três momentos: antes, na 4ª hora e após o procedimento (8ª hora). Resultados: 41 DPBE foram realizadas em 17 pacientes, 8 mulheres. 88% estavam em VM e DVA. A taxa de mortalidade no internamento foi de 76%. 35% apresentavam DM, quase 60%, HAS, e em torno de 17%, DRC. O percentual médio de redução de ureia (%) foi de 62 ± 8,4. O fósforo (mg/dL) reduziu significativamente entre primeira (4,09l ± 2,28) e oitava horas (2,03 ± 1,04), p&lt;0,05. Conclusão: A DPBE demonstrou-se efetiva e segura em relação à diálise convencional, havendo necessidade de reposição de fósforo durante o tratamento devido à hipofosfatemia observada na maioria dos casos.

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