Abstract

O presente texto cogita desenvolver, preliminarmente, ponderações sobre a natureza enquanto matriz-progenitora, assim como a representação dessa concepção na figura de Ìyá Mi (Minha Mãe), noção presente na cosmopercepção afro-brasileira, especialmente nos terreiros de candomblé da tradição nagô-ketu. Objetiva-se, igualmente, analisar o rebatimento desse conceito na produção, na modulação e na percepção das paisagens. A escolha do tema parte da premissa de contribuir com as reflexões a respeito da natureza, tendo como base os letramentos afro-brasileiros na sua dimensão religiosa, assim como minhas próprias experiências e percepções, desenvolvendo um processo de autognose enquanto pesquisador, desviando-se da tão cultuada neutralidade acadêmica; visto que os discursos acerca da natureza não são neutros, sendo na sua grande maioria apresentados a partir de convicções muito próprias e repletas de intencionalidades ideológicas e discursivas.

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