Abstract

Este artigo analisa a formação e as transformações nas identidades de moradores das periferias de São Paulo, no Brasil, nas últimas décadas. Propõe-se entender a identidade de forma relacional e histórica. Desse modo, ela é construída a partir da costura entre os discursos, práticas e processos que produzem subjetividades. A partir de um trabalho etnográfico realizado em dois bairros da periferia de São Paulo, o texto argumenta que, nas décadas de 1970 e 1980, a identidade de “trabalhadores” foi formada em oposição aos “patrões” e aos “bandidos” e foi base de um projeto coletivo de integração dos trabalhadores à sociedade salarial e ao mundo dos direitos de cidadania. Com a reestruturação produtiva e as mudanças sociais nas décadas de 1990 e 2000, essa identidade se desintegrou e deu lugar à identidade de “periféricos”, forjada partir da mobilização cultural em torno de movimentos e coletivos culturais em oposição às “elites” e como resposta ao estigma que recai sobre essas regiões.

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