Abstract

A dinâmica do crescimento econômico contínuo vigente no capitalismo financeiro tem se mostrado incompatível com os limites planetários. A humanidade se encontra em um impasse ético, econômico e tecnológico. O modelo de produção e consumo vigente se mostra insuficiente para assegurar condições de vida digna para toda a humanidade no presente e aponta para uma deterioração dessas condições em um futuro próximo. Este artigo realiza uma revisão bibliográfica de trabalhos clássicos na teoria do desenvolvimento sustentável e, por meio da abordagem crítica da economia capitalista, coloca em xeque o conceito hegemônico do progresso e aponta a insuficiência do paradigma do crescimento para assegurar o desenvolvimento sustentável. Mesclando e conjugando as ideias dos principais autores dessas áreas, o artigo conclui que a sustentabilidade do desenvolvimento requer condicionantes que, ao longo do tempo, se tornam mais difíceis de serem alcançados. A dinâmica atual do sistema econômico leva a desgastes ambientais com efeitos cada vez mais severos, que serão sentidos especialmente a partir de 2030, podendo chegar a um colapso antes de 2100, comprometendo a capacidade de sobrevivência humana no planeta. A sustentabilidade, a suficiência e a equidade do desenvolvimento exigem uma mudança estrutural no paradigma de produção e de consumo. Para tanto, se fazem necessários mecanismos sociais, institucionais e informacionais, além da adequação e da coordenação dos avanços tecnológicos.

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