Abstract
O filme de Daniele Gaglianone La mia classe pode ser inserido na tradição cinematográfica italiana dos chamados “filmes sobre migração”, porque se alinha aos que buscam representar a situação dramática daqueles que precisam se reinventar em terra estrangeira. Trata-se de uma obra que aponta a câmera para o mundo clandestino da imigração, deixando-o falar. Os protagonistas são todos amadores, não profissionais e se autorrepresentam, à exceção de Valerio Mastandrea, que faz o papel de um profes- sor-voluntário de uma classe de Língua Italiana para imigrados. Não faltam, em La mia classe, temas que tratam do drama da viagem, do trauma da separação familiar, da perda de identidade e da sensação de não pertencimento, comuns às diásporas contemporâ- neas. Mas o mérito do filme está muito mais em sua proposta formal que temática. Sua força reside justamente na zona híbrida entre o documentário e a ficção: “docufiction” (NICHOLS, 2014), problematizando os níveis de representação do real (JAMESON), numa perspectiva metacinematográfica, em que o cinema reflete sobre o alcance e as limitações da própria arte de fazer cinema.
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