Abstract

Se o Ultimato constituiu o incidente diplomático mais desgastante no longo da história das relações luso-britânicas, denunciando a reformulação, por ambas as partes, da estratégia expansionista no sul do continente africano, interessou-nos investigar a projeção desse incidente em Angola, bem como o real impacto do mesmo sobre diferentes estratos sociais, quer africanos, quer europeus. A análise dos discursos produzidos, na oportunidade, por governantes, colonos e "filhos da terra", a propósito da verdadeira essência do domínio colonial, mas também dos limites da colonização portuguesa, possibilitou a detecção não apenas das divergências fundamentais, como de opiniões convergentes quanto ao futuro do território. Se na verdade o Ultimato não se revelou ali decisivo enquanto fato político, o ano de 1890 tornar-se-ia um marco simbólico na emergência de formulações proto-nacionalistas em Angola.

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