Abstract

O exílio para a conquista da Terra Prometida gera mestiços, trans-culturações, sincretismos, que renovam as línguas das comunidades humanas. Os poetas são seus promotores, porque a poesia é já hiper-tradução, trans-criação de processos íntimos e históricos, ligada à oralidade e ao ritmo. Nas Américas, tanto do Norte como do Sul a música e a poesia dão forma a trans-culturações globais, freqüentemente retomadas no restante do mundo. A americana é uma trans-poesia que canta o resgate do homem, a liberdade e o amor pela natureza. Como toda verdadeira poesia e todo processo histórico, pode ser um ato salvifico, exotérico: comunicação rítmica que atravessa barreiras linguísticas e identidades, e ser, assim, um dos poucos caminhos de que os homens dispõem para reconhecer-se irmãos e filhos. O ensaio ilustra essa tese examinando a poesia de Lezama Lima, Joyce, Paz, de Campos, dos Beats e de Carmelo Bene.

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