Abstract

Em uma sociedade que possui dificuldades em lidar com a finitude, a morte de crianças e adolescentes se configura como tabu e pode gerar sentimentos de inconformidade, frustração, tristeza, dentre outros. Olhar para o profissional da saúde que vive essa realidade no cotidiano de trabalho é compreender os sofrimentos e buscar minimizar as repercussões negativas tanto para o indivíduo quanto para a equipe, tais como o trabalho automatizado, erros em procedimentos e adoecimentos dos profissionais. O presente artigo teve como objetivo compreender como profissionais da saúde vivenciam os cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Oncológica Pediátrica. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram entrevistados 19 profissionais intensivistas de um Instituto de Oncologia Pediátrica, sendo 5 técnicos de enfermagem, 5 enfermeiros, 5 médicos e 4 fisioterapeutas. Por meio da Análise de Conteúdo, os dados foram discutidos à luz da Psicanálise, bem como de autores da Tanatologia e dos Cuidados Paliativos. Foram criadas cinco categorias de análise a partir das entrevistas: “Conhecimento teórico–técnico sobre cuidados paliativos”; “O lugar da criança” e “Vínculos”. Diante dos dados apresentados, podemos apontar a necessidade de maior investimento na formação/capacitação dos profissionais acerca dos cuidados paliativos, na melhora da comunicação entre a tríade de cuidado (paciente, família e profissional), e especialmente, a importância de refletirmos sobre estratégias de cuidado da saúde mental dos profissionais intensivistas.

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