Visita domiciliar e saúde mental: um relato de experiência

Abstract

INTRODUÇÃO: As atividades práticas durante a graduação são oportunidades para os estudantes lidarem com sujeitos reais. Quando tais atividades ocorrem no âmbito do Sistema Único de Saúde, principalmente, na atenção primária, é oferecido ao estudante a noção de pluralismo sociocultural. OBJETIVO: Discutir a importância das Visitas Domiciliares enquanto atividade docente-assistencial, identificando os benefícios, as potencialidades e os desafios dessa ferramenta. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a prática das Visitas Domiciliares num contexto pedagógico, em um Internato de Psicologia. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O internato em atenção primária à saúde acontece no Complexo Comunitário Vida Plena, localizado em Pau da Lima, bairro periférico de Salvador. Nessa unidade de saúde, o protocolo para visita domiciliar consiste em Planejamento, Visita, Supervisão e Confecção do relatório. O planejamento é realizado através da leitura do prontuário. Tal leitura proporciona o contato prévio com a família e a possibilita a confecção de objetivos específicos para visita. Durante a visita, é necessário lidar com o tempo emocional e cronológico, vínculo sem julgamento, escuta atenta, interferência dos familiares e vizinhos, vulnerabilidade e risco social, educação em saúde e, sobretudo, questões psicológicas dos usuários. A supervisão, compreendida como um momento de facilitação e suporte aos estudantes, desenvolveu nossa criticidade e amadureceu a correlação teoria-prática. Na confecção do relatório, as palavras registradas precisavam ser escolhidas com esmero para garantir o acompanhamento de qualidade dos usuários. CONCLUSÃO: As Visitas Domiciliares são instrumentos potentes de formação. Viver a experiência com autonomia e ao mesmo tempo tendo a orientação e o apoio da professora, foi o grande diferencial.