Abstract
O presente estudo objetivou identificar as relações entre visões de morte com o nível de ansiedade perante a morte, bem como de vazio existencial. Participaram da pesquisa 400 estudantes universitários dos cursos de Psicologia (N = 115), Enfermagem (N = 129) e Medicina (N = 156), com idade entre 18 e 49 anos (M = 22,1; DP = 3,77), a maioria do sexo feminino (67%) e de religião católica (64%). Para a coleta de dados, foram utilizados como instrumentos o Pil-Test (Teste Propósito de Vida), o Questionário sobre Diversas Perspectivas de Morte, a Escala Templer de Ansiedade Perante a Morte e um questionário sócio-demográfico. Os resultados apontaram para a existência de correlações positivas entre o fator vazio existencial e as concepções negativas da morte, como fracasso, dor e solidão e abandono. Por outro lado, o vazio existencial se correlacionou negativamente com a visão de morte fim natural. Os níveis de ansiedade perante a morte correlacionaram-se diretamente com as visões de morte desconhecida, fracasso, dor e solidão, e de forma negativa com a visão de indiferença. Os resultados foram analisados com base na análise existencial de Viktor Frankl.
Highlights
O presente estudo objetivou identificar as relações entre visões de morte com o nível de ansiedade perante a morte, bem como de vazio existencial
Participaram da pesquisa 400 estudantes universitários dos cursos de Psicologia (N = 115), Enfermagem (N = 129) e Medicina (N = 156), com idade entre 18 e 49 anos (M = 22,1; DP = 3,77), a maioria do sexo feminino (67%) e de religião católica (64%)
This study intends to identify the relationship between visions of death and the level of anxiety towards it, as well as the level of existential emptiness
Summary
Em seu livro História da morte no Ocidente, Philippe Ariès ([1974] 2003) faz um percurso histórico das visões de morte segundo a cultura ocidental. Esse autor passa a ver no homem um ser que quer moldar sua vida significativamente, ou seja, que busca um sentido para a existência e, não encontrando, torna-se frustrado e consequentemente passa a adoecer psiquicamente (Lukas, 1989). Segundo a compreensão de Frankl ([1946] 1989), o homem não procura a felicidade como um fim e sim um motivo para ser feliz, posto que apenas por consequência adicional surgirá então a felicidade. Para Frankl (1994) a finitude é que dá sentido a vida humana posto que o passado seria a dimensão mais segura do ser humano, pois nele o ser humano preserva todos os valores realizados em sua existência, saindo da transitoriedade para a perenidade. A transitoriedade traz consigo a responsabilidade das escolhas do ser humano, com a consciência da transitoriedade das possibilidades em potencial
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