Abstract

Introdução: O abuso sexual deixa sequelas graves, como limitações sociais. Objetivo: Descrever o perfil das vítimas de violência sexual atendidas em um serviço especializado, na cidade de Mauá, São Paulo, entre 2008 a 2009. Métodos: Analisou-se 138 mulheres, assistidas em um Hospital Universitário. Estudo retrospectivo com levantamento de prontuários para coleta de dados. As variáveis estudadas foram: idade, etnia, relacionamento conjugal e sexual, hora da violência, número de agressores, busca por auxílio médico, uso de medicações e exames protocolares, comunicação por parte da vítima às autoridades competentes, uso de arma pelo agressor e número de gestações decorrentes. Resultados: A média de idade foi de 22 anos. A maioria não possuía relação estável, tinha atividade sexual previamente à violência, etnia branca, procurou auxílio médico em até 72 horas após o ocorrido usou medicações protocolares. No período noturno ocorreram mais crimes e a violência nesse momento teve maior probabilidade de ser praticada por mais de um agressor. Apenas 26,7% pacientes reconheceram os agressores e somente 42,9% e 21,8% das mulheres fizeram boletim de ocorrência e exame de corpo de delito, respectivamente. Em 40,8% foi utilizado algum tipo de arma na abordagem ou durante o crime. Por fim, nenhuma das pacientes que fez contracepção de emergência engravidou. Somente quatro engravidaram em decorrência da agressão. Conclusão: A caracterização das pessoas que sofrem violência sexual é de extrema importância para a criação de estratégias de atendimento para a profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e seguimento ambulatorial até finalizar o tratamento, além de acompanhamento psicológico.

Highlights

  • Sexual abuse leaves severe sequels, such as social limitations

  • O período em que mais ocorreram os crimes foi o noturno (76%) e a violência nesse momento teve maior probabilidade de ser praticada por mais de um agressor

  • A maioria, 108 mulheres (76%), procurou auxílio médico em até 72 horas após o ocorrido e 89 mulheres (62,7%) usaram medicações protocolares

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Summary

Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde

Josyandra Paula de Freitas Rosa[1], Manuella Missawa de Oliveira[1], Manoel Messias de Oliveira Filho[1], César Eduardo Fernandes[1], Emerson Oliveira[1]. Objetivo: Descrever o perfil das vítimas de violência sexual atendidas em um serviço especializado, na cidade de Mauá, São Paulo, entre 2008 a 2009. As variáveis estudadas foram: idade, etnia, relacionamento conjugal e sexual, hora da violência, número de agressores, busca por auxílio médico, uso de medicações e exames protocolares, comunicação por parte da vítima às autoridades competentes, uso de arma pelo agressor e número de gestações decorrentes. A maioria não possuía relação estável, tinha atividade sexual previamente à violência, etnia branca, procurou auxílio médico em até 72 horas após o ocorrido usou medicações protocolares. Apenas 26,7% pacientes reconheceram os agressores e somente 42,9% e 21,8% das mulheres fizeram boletim de ocorrência e exame de corpo de delito, respectivamente. Palavras-chave: violência; delitos sexuais; estupro; direitos da mulher; serviços de saúde da mulher

Violência sexual na região do ABC Paulista
Não consta
Exame de corpo de delito
Findings
Relação sexual anterior à violência
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