Abstract

Trata-se de estudo ecológico de múltiplos grupos, que visa apresentar o perfil das notificações de violência por parceiro íntimo durante a gravidez (VPIG), com base nos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Além disso, verificou-se a tendência temporal das notificações de VPIG nas capitais brasileiras e a sua distribuição por grandes regiões entre 2009 e 2016. Foram registradas 1.201 notificações de VPIG nas capitais brasileiras em 2016, sendo que em 39% delas houve relato de violência psicológica/moral, 69% de violência física, 28% de violência sexual e em 34% das notificações houve relato da ocorrência de mais de um dos subtipos de violência mencionados anteriormente. Sendo que as regiões Nordeste e Sudeste foram as que se destacaram com maiores prevalências de gestantes que sofreram mais de um subtipo de violência com 42% e 43%, respectivamente. Conclui-se que, embora as notificações de violência contra a mulher durante a gravidez estejam em crescimento nos últimos anos, os dados ainda são incipientes e a subnotificação é uma realidade a ser superada no Brasil. Nesta perspectiva, o presente artigo contribui para a geração de conhecimento e destaca a necessidade de políticas públicas mais efetivas para o enfrentamento do problema diante das diversas consequências.

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