Abstract

Objetivo: Investigar o registro dos tipos de violência sofridos e as condutas tomadas, por profissionais de saúde, incluindo a notificação, frente ao relato de situação de violência por mulheres em contexto de vulnerabilidade social atendidas na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e observacional, pela análise de prontuários, considerando todos os registros realizados até o último dia do ano de 2015, de mulheres acima de 18 anos que residam nas áreas de abrangência de dois Centros de Saúde, consideradas áreas de vulnerabilidade social. Resultados: A amostra final foi de 769 prontuários, sendo que em 3,77% havia relato de violência sofrida. Destes, 45% foi do tipo física, seguido por 24%, psicológica; o principal agressor foi o parceiro íntimo (41%); 58% dos relatos foram registrados por médicos, em Centros de Saúde. Houve algum tipo de conduta para 89% dos casos (medicação, encaminhamento ou retorno). Apenas 7% dos casos foram notificados. Conclusões: Os dados desse estudo sugerem que possa haver sub-registro das situações de violência em áreas de vulnerabilidade social em Florianópolis, tendo em vista os poucos casos registrados e notificados em um conjunto de 729 prontuários. Observou-se que esteja relacionada a isso a falta ou pouca sensibilização e capacitação dos profissionais para identificar situações de violência, bem como registrar, notificar e dar prosseguimento ao acompanhamento às pessoas que vivem nessa situação. Portanto, é necessário difundir e capacitar os profissionais de saúde para a detecção, registro, condutas, notificação e seguimento das situações de violência.

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