Abstract
O estudo teve como objetivo conhecer os casos de violência e maus-tratos contra idosos no município de Fortaleza, Ceará. Para tal, realizou-se uma pesquisa documental de 291 denúncias em processo de averiguação, registradas em Fortaleza em 2007. Os dados, coletados em fevereiro e março de 2008, foram submetidos à estatística descritiva e ao programa SPSS, comparados com dados de denúncias arquivadas pelo Alô Idoso, no período de 2003 a 2007, e discutidos à luz da produção científica. Os resultados apresentaram predomínio da violência intrafamiliar. As vítimas preferenciais foram mulheres (70,2%); os idosos mais atingidos encontravam-se com idade entre 71 e 80 anos (38,2%); a maioria residia com o agressor (70,4%) e encontravam-se na área compreendida pela Secretaria Executiva Regional III (25,1%). A maior parte das denúncias foi anônima (77,1%) e os principais agressores homens (54,7%) e filhos (57,7%). A violência psicológica foi a mais frequente (35,2%) e observou-se em 66,5% dos casos mais de um tipo de violência associado. Houve associação entre tipo de violência e: sexo dos agressores (p=0,019); residir ou não com a vítima (p<0,0001); agressor ser maior ou menor de idade (p=0,021); e faixa etária do idoso (p=0,001). Para combater os maus-tratos, sugere-se: denúncia dos casos de violência; construção de um banco de dados integrado; articulação e fortalecimento da rede de proteção social; capacitação dos profissionais; campanhas educativas sobre envelhecimento; orientação junto às famílias; penalização legal dos responsáveis pela violência e outros estudos investigativos.
Highlights
A violência contra idosos não é um fenômeno recente e constitui um problema universal
Esta se caracteriza pela inércia, pela passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são impedidas ou anuladas, há violência
A denúncia de casos de violência, a construção de um banco de dados integrado, a articulação e o fortalecimento da rede de proteção social, a capacitação de profissionais para lidar com o idoso e identificar os casos de violência, a responsabilização dos agressores, a adoção de um trabalho educativo preparando a sociedade para o envelhecimento, o estímulo à convivência intergeracional e os trabalhos de orientação junto às famílias são medidas que podem colaborar na prevenção e no combate à violência
Summary
O estudo teve como objetivo conhecer os casos de violência e maus-tratos contra idosos no município de Fortaleza, Ceará. A violência psicológica foi a mais frequente (35,2%) e observou-se em 66,5% dos casos mais de um tipo de violência associado. Houve associação entre tipo de violência e: sexo dos agressores (p=0,019); residir ou não com a vítima (p
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