Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar a vergonha e a humilhação como consequências da estigmatização da pobreza em indivíduos residentes de uma capital no Sul e no Nordeste do Brasil. Este estudo de natureza qualitativa realizou dez Entrevistas Episódicas com pessoas em situações de pobreza nas duas cidades mencionadas que vivenciaram sentimento de vergonha por conta sua condição financeira. Estes indivíduos participaram de um estudo quantitativo prévio em suas comunidades. Foi realizada análise de conteúdo. Identifica-se que as práticas de humilhação são causadas por tratamentos desiguais. A vergonha pode estar vinculada à exposição e a uma ética moral como constituinte do desenvolvimento humano. No entanto, ela também pode se vincular a um juízo depreciativo relacionado à estigmatização da pobreza. Observou-se que as práticas de humilhação podem desencadear sentimentos de vergonha. Como consequências, as pessoas entrevistadas podem isolar-se, como se adaptarem a essas situações de vergonha e humilhação. Igualmente, percebeu-se que o próprio sentimento de vergonha pode ser um fator de indignação que fornece a possibilidade de resistir e se indignar.

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