Abstract

Neste estudo, pretendemos lançar novas luzes sobre as investigações, até então, realizadas acerca do padrão de acento dos verbos no português brasileiro (PB), associando o modelo de restrições da Teoria da Otimidade com os princípios fundamentais da Fonologia Métrica (HAYES, 1995). Propomos uma análise do acento verbal, incluindo os contrastes acentuais (ex.: “parte” e “parti”) presentes nesta classe de palavras e que não aparecem nos trabalhos sobre o assunto. Com base na Teoria Métrica Paramétrica, de Hayes (1995), consideramos que três parâmetros são suficientes para captar os fatos referentes ao acento primário dos verbos no PB, quais sejam: a. Construção do pé: forme um troqueu silábico não-iterativo da direita para a esquerda. Pés degenerados são permitidos apenas na posição forte, quando o pé canônico não puder ser formado (proibição fraca); b. Extrametricidade: a desinência de plural na 1ª e 2ª pessoas do plural dos verbos dos tempos do imperfeito, do mais-que-perfeito e do futuro do pretérito do indicativo. Nos casos restantes, a consoante final com status de desinência, ou seja, N ou S; c. Regra Final: à direita.

Highlights

  • In this study, we intend to shed new lights on the investigations proposed about the stress pattern of verbs in Brazilian Portuguese (BP), associating Optimality Theory constraints model with fundamental principles of Metrical Phonology (HAYES, 1995)

  • We propose an analysis of the verbal stress, including the stress contrasts (for example: “parte” and “parti”) present in this class of words and which do not appear in the works on the subject

  • Based on Parametric Metrical Theory (HAYES, 1995), we considered that three parameters are sufficient to capture the facts regarding the primary stress in the BP verbs, namely: a

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Summary

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Hayes (1995, p. 1), “a teoria métrica do acento é um ramo da teoria da fonologia gerativa que lida com padrões de acento”. As restrições envolvidas para captar os fatos do padrão regular de acento dos nomes no português brasileiro (ex.: “vapor”) são: PrWd-RIGHT (a borda direita de cada palavra prosódica é alinhada com a borda direita do cabeça de algum pé); GRID-μHEAD (uma marca de grade (x) deve ocupar a mora cabeça de algum pé); PROJECT-SONORANT (toda soante pertencente a algum pé deve projetar uma posição na grade (por extensão, uma mora)); PARSE-σ (toda sílaba deve ser escandida em algum pé) e *SHARED-μ (cada segmento na rima deve projetar sua própria mora) 126-127), as restrições que atuam na gramática em favor do padrão irregular de acento dos nomes no PB são: STRESSFAITHFULNESS (o acento do input mantém-se na mesma posição no output (Hyde, 2001)); μ-PROJECTION (toda mora deve projetar uma posição na grade); PROJECTOBSTRUENT (toda obstruinte pertencente a algum pé deve projetar uma marca de grade);.

A CARACTERIZAÇÃO MÉTRICA DO ACENTO VERBAL NO PB E APRESENTAÇÃO DAS RESTRIÇÕES
O ACENTO VERBAL NO PB
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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