Abstract

Em ambientes estuarinos, a interação entre as variações espaciais e temporais do ambiente controla a abundância e a diversidade dos organismos bentônicos. As feições do ambiente bentônico, bem como a variabilidade faunística, podem ser estudadas em diferentes escalas, sendo considerados fenômenos de pequena escala aqueles que caracterizam áreas de dezenas de m2 ou menos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura da macrofauna bentônica, correlacionando-a com as condições ambientais em pequena escala em uma planície de maré do estuário do rio Pacoti, Ceará. Uma área de 30x30 m sobre um banco areno-lamoso foi demarcada e subdividida em 9 subáreas de 10x10 m. A área apresentou alta similaridade faunística, verificando-se que as espécies se distribuíram em função das características do sedimento (a seleção do grão e os percentuais de carbonato de cálcio e de matéria orgânica), definindo assim a formação de agregações (manchas), ainda que pouco discriminadas, das espécies mais abundantes. As características espaciais em pequena escala representaram condições distintas que influenciaram na distribuição da macroinfauna, reforçando a íntima relação dos organismos bentônicos com os sedimentos e descrevendo um padrão de distribuição na área que, em avaliações horizontais de meso-escala, não seriam compreendidas.

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