Abstract
Este trabalho investiga a variabilidade do Sistema de Monções da América do Sul (SMAS) sobre o Brasil com particular interesse na região do cerrado brasileiro. O início, final e total de precipitação durante as monções de verão são examinados utilizando estimativas de precipitação por satélite (pêntadas) do Global Precipitation Climatology Project (GPCP) entre 1979-2004. Analogamente, as características do regime de monção simuladas pelo modelo climático global acoplado MIROC (Model for interdisciplinary Research on Climate) do IPCC (Intergovernmental Panel for Climate Change) são examinadas em dois cenários distintos: o clima do século XX (1981-2000) e o clima em uma condição com o dobro da concentração atual de CO2 (2xCO2) na atmosfera (2061-2080). Mostra-se que a variabilidade espacial do início da monção de verão sobre o cerrado na simulação do clima do século XX pelo MIROC corresponde bem às observações. Além disso, há indicação de uma mudança das caudas da distribuição sazonal da precipitação no Cerrado para um cenário com 2xCO2, comparativamente com o clima presente. Este resultado sugere uma mudança na probabilidade de ocorrência de eventos extremos (secos ou úmidos) em um cenário com 2xCO2 sobre o cerrado, o que de acordo com o MIROC, indica uma maior exposição da região às conseqüências de possíveis mudanças climáticas resultantes do aumento de gases de efeito estufa.
Highlights
O cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira
This study investigates the temporal variability of the South America monsoon system (SAMS) over Brazil with focus on the Brazilian savanna
It is shown that the spatial variability of the onsets over central Brazil simulated by MIROC for the 20th century run corresponds very well to the observations
Summary
O cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira. Um bioma primitivo que em sua origem cobria grande parte do centro-oeste do Brasil, parte do sudeste e estendia-se até o leste da Amazônia (Fig. 1). Vera et al (2006) analisaram sete modelos climáticos do IPCC e verificaram um aumento significativo na precipitação durante o trimestre Janeiro a Março para a região sudeste da AS e norte dos Andes e diminuição da precipitação no sul dos Andes. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), caracterizada por uma banda de precipitação e nebulosidade que se estende desde a Amazônia até o sudeste do Brasil em direção ao oceano Atlântico, é parte intrínseca ao regime de monções da AS e, portanto, possui papel fundamental para a variabilidade e qualidade da estação chuvosa durante o verão sobre o sudeste e centro-oeste do Brasil (Carvalho et al 2002; Carvalho et al 2004). Uma vez que o início, fim e duração da estação chuvosa e a regularidade das chuvas na região têm um papel importante para a manutenção do bioma
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