Abstract

A união de empresas em redes de cooperação surge como estratégia alternativa para enfrentar o aumento da competição proporcionada pela globalização. Diversos autores (Casarotto & Pires, 1999; Fayard, 2000; Jarillo, 1988; Marcon & Moinet, 2001) apontam vantagens obtidas por Pequenas e Médias Empresas [PMEs] com o agrupamento em redes. O modelo de investimento de capital de risco aparece como alternativa de união em rede. No Brasil, o venture capital [VC] data dos anos 80; este artigo se propõe a identificar as motivações e vantagens que PMEs obtêm ao se agruparem em rede. Nesse contexto, redes seriam uniões visando à obtenção de vantagens estratégicas. Foram realizadas entrevistas estruturadas com gestores de VC e de empresas aportadas. Os resultados demonstram que a adesão de empresas a este tipo de rede dá-se, inicialmente, em função do custo de capital. Posteriormente, há o reconhecimento de outras vantagens, como trocas de informações, melhoria em processos, expertise para obtenção de financiamento e maior aprendizagem do processo de governança. Conclui-se que a literatura sobre as vantagens da união em rede aplica-se as VC, apesar de poucos estudos no Brasil abordarem esta relação. Sugere-se, assim, o aprimoramento dos conceitos e vantagens deste tipo de rede para o aprofundamento do tema na academia.

Highlights

  • Vantagens Proporcionadas às Pequenas e Médias Empresas por meio da União em Redes de 585 Cooperação no Contexto do Venture Capital

  • Com o Plano Real de 1994 e a subseqüente estabilização da economia, a atividade de capital de risco e, conseqüentemente, a união de empresas em redes de cooperação de venture capital, tornou-se um negócio de melhores perspectivas de retorno, tanto para investidores como para empreendedores

  • As empresas de capital de risco, ou venture capital como são conhecidas na língua inglesa, surgiram com a necessidade de se fomentar pequenas empresas iniciantes nos EUA, viabilizando aos www.anpad.org.br/rac empreendedores a possibilidade de dividirem experiências, riscos e fundos com as chamadas empresas gestoras e investidoras de capital (Thornton, 1999)

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Summary

CONCEITOS CENTRAIS SOBRE REDES DE COOPERAÇÃO

A globalização dos mercados e da produção está pondo em questionamento a competitividade das pequenas empresas, restando a estas a tarefa de implementar e reorganizar sua atuação de forma que consigam sobreviver em um mercado progressivamente mais competitivo (Casarotto & Pires, 1999). Uma forma de diminuir riscos e obter sinergia pode-se traduzir na formação de alianças entre pequenas e médias empresas, pelo fato de estas possuírem maiores dificuldades ou limitações para competirem isoladamente. Por normalmente não trabalharem com grandes escalas ou não possuírem boa captação de recursos, podem encontrar dificuldades na competição com grandes firmas, focando-se em estratégias baseadas em diferenciação, com produtos ou serviços que se distingam dos oferecidos pela concorrência (Porter, 1986). Deve-se gerar uma dinâmica de aprendizagem, que Vantagens Proporcionadas às Pequenas e Médias Empresas por meio da União em Redes de 587 Cooperação no Contexto do Venture Capital pode ser dividida em: aprendizagem de competências e aprendizagem relacional. O conceito exposto por Jarillo (1988) conceitua adequadamente as redes, sendo complementado por Ribault et al (1995), que indica possíveis formas para ocorrer esta relação

Tipos e Formas de Redes
Redes Proprietárias
Vantagens na Formação de Redes de Cooperação
Maior competitividade
EMPRESAS DE VENTURE CAPITAL
Os Estágios de Investimento do Venture Capital
Later Stage Finance
Contexto da Pesquisa
DESCRIÇÃO DO CASO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Variáveis observadas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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