Abstract

O objetivo deste trabalho foi validar 19 marcadores microssatélites para resistência do trigo à giberela, em uma população não estruturada. Foram utilizados marcadores moleculares descritos na literatura como flanqueando QTLs de resistência à giberela em trigo, nos cromossomos 3B, 5A e 6B. Foram avaliadas 96 linhagens e cultivares de trigo quanto à severidade da infecção por giberela, em dois anos de avaliação. As linhagens e as cultivares foram genotipadas com 19 marcadores microssatélites. Os dados obtidos foram analisados pelo teste de Tukey e pelas análises de correlação, regressão linear simples e regressão múltipla; também foi estimada a eficiência de seleção dos marcadores moleculares. A severidade da doença variou de 1,95 a 41,3%, na média dos dois anos. Foram validados os QTLs nos três cromossomos avaliados. Os marcadores Xgwm389, Xgwm533, Xbarc180, Xbarc24, Wmc397, Xbarc101 e Wmc398 foram associados significativamente à resistência do trigo à giberela, tendo sido identificados alelos de resistência e de suscetibilidade. Os marcadores Wmc397, Xbarc101 (cromossomo 6B) e Xbarc180 (cromossomo 5A) têm potencial para uso na seleção assistida por marcadores moleculares, para resistência do trigo à giberela.

Highlights

  • A giberela ou a fusariose é uma das principais doenças do trigo (Triticum aestivum L.)

  • Molecular markers described in the literature as flanking QTLs

  • Ninety six wheat lines and cultivars were evaluated for severity of Fusarium head blight (FHB) infection

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Summary

Material e Métodos

Foram utilizadas 13 cultivares comerciais de trigo brasileiras (CD 1252, CD 150, CD 1550, BRS 177, BRS 179, BRS Camboim, BRS Guamirim, BRS Pardela, FUNDACEP Raízes, FUNDACEP 52, Ônix, Quartzo e Esporão), uma cultivar de domínio público (Frontana), três cultivares exóticas (Kasoro, Ning7840 e Weebill) e 76 linhagens experimentais de trigo, o que totalizou 96 acessos. Os resultados das médias da severidade de infecção por giberela, nos dois anos avaliados, foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey, a 5% de probabilidade, com uso do programa Genes (Cruz, 2006). Para cada marcador, o grupo de indivíduos que apresentava o mesmo alelo foi considerado o mesmo tratamento, e a variável foi a severidade média da giberela nos dois anos de avaliação. Nas análises de correlação e de regressão dos marcadores com a reação de resistência e suscetibilidade das linhagens e das variedades de trigo, as plantas foram codificadas como: 2, suscetíveis; 1, intermediárias; e 0, resistentes.

Resultados e Discussão
Findings
Regressão da severidade

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