Abstract

INTRODUÇÃO: a disfunção do desejo sexual feminino é prevalente e impacta negativamente sobre a função sexual e a qualidade de vida, mas não existem escalas funcionais que levem em conta função e disfunção. OBJETIVO: construir e validar uma escala curta para avaliação funcional do desejo sexual feminino. MÉTODO: Correlação dos resultados de função do desejo sexual avaliado pelo Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) e a nova escala funcional, em uma amostra via internet da população feminina brasileira em geral por meio do teste T de Student e o coeficiente de Spearman. Curva ROC fomentou a análise de corroboração entre os dados do domínio disfunção do desejo do FSFI com a nova escala de avaliação funcional. RESULTADOS: Metade das mulheres da amostra apresentou disfunção sexual pelo FSFI, sendo que um terço apresentou disfunção do desejo sexual. Houve boa correlação entre os resultados da nova escala e do domínio desejo sexual do FSFI, bem como boa sensibilidade e especificidade do modelo pela curva ROC. CONCLUSÃO: a nova escala curta de avaliação funcional do desejo sexual feminino com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde pode ser uma ferramenta útil na avaliação da função do desejo sexual feminino.

Highlights

  • De modo distinto aos demais mamíferos, a sexualidade do ser humano ultrapassa a função biológica, uma vez que causa prazer sem haver relação com o ciclo reprodutivo

  • A sexualidade humana interfere na saúde física e mental, além de ser influenciada por aspectos emocionais, naturais e sociais[2]

  • Female sexual dysfunction among married women in the Gaza Strip: an internet-based survey

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Summary

Artigo original

Gustavo Fernando Sutter Latorre[1], Elissa Bobsin[2], Lucielle Tatiana Kist[3], Erica Feio Carneiro Nunes[4]. Das 279 mulheres sem DSF pelos critérios do FSFI, 97,5% foram classificadas dentro dos graus 0 ou 1 (nada ou leve) de disfunção do desejo sexual pela nova escala funcional. A distribuição dos graus da escala nova também foi interessante para o grupo de mulheres com DSF geral (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação ou dor) pelo FSFI: a maior parte das mulheres (64%) apresentou graus intermediários (2 ou 3) de disfunção do desejo pela nova escala funcional, enquanto 12,4% apresentou os graus 0 e 1 (nada ou leve) da escala nova. O coeficiente de Spearman para o grupo de mulheres com disfunção do desejo sexual pelo FSFI em relação aos escores da Escala Funcional do Desejo foi de 0,78 (p=0,01), demonstrando correlação significativa entre os dois modelos. A escala curta de avaliação funcional do desejo sexual feminino pode servir como instrumento complementar para a avaliação quali-quantitativa da função e da disfunção do desejo sexual, com aplicabilidade clínica e de forma prática, tanto na avaliação, quanto na evolução, alta e acompanhamento pós-alta de pacientes tratados por este distúrbio

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